Filho é preso por venda irregular de imóveis do pai idoso em Manaus
Manaus, AM – Na última quinta-feira, um homem de 40 anos foi preso sob a acusação de ter vendido, de forma irregular, cinco imóveis pertencentes ao seu pai, um idoso de 67 anos. O crime, que envolveu um desvio de patrimônio avaliado em cerca de R$ 7 milhões, chamou a atenção das autoridades e gerou revolta na comunidade.
A delegada Andrea Nascimento, que está à frente da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa Idosa (DECCI), detalhou o caso impressionante. O idoso, que reside nos Estados Unidos desde 2017 para tratamento médico, decidiu conceder ao filho uma procuração que lhe permitisse administrar seus bens em Manaus. No entanto, ao retornar ao Brasil em 9 de dezembro de 2024, o pai foi informado de que um de seus apartamentos havia sido vendido sem seu consentimento.
A situação se agravou quando o idoso descobriu que, além do primeiro apartamento, mais quatro imóveis haviam sido transacionados de maneira fraudulenta. Segundo a delegada Nascimento, o suspeito pode ter utilizado mensagens forjadas para enganar o pai sobre o valor de uma das vendas.
“O idoso registou um Boletim de Ocorrência no dia 11 de dezembro de 2024, após perceber que seu patrimônio estava sendo desviado pelo próprio filho. Essa situação é inaceitável e reflete a gravidade dos crimes contra a pessoa idosa”, declarou a delegada.
A relação entre pai e filho, que deveria ser pautada pela confiança, foi destruída neste episódio. O idoso, que possuía cinco imóveis alugados e gerava uma renda mensal de aproximadamente R$ 19 mil, necessitava do apoio do filho na gestão desses bens. O valor era dividido, com R$ 4 mil destinados ao filho para a administração e R$ 1,7 mil para pensão alimentícia.
Com a denúncia formalizada, as investigações iniciaram e descobriram que a esposa do suspeito também poderia estar envolvida no esquema. Recebimentos de transferências dos compradores para sua conta levantaram novas suspeitas sobre a oportuna participação de ambos na fraude. Em áudios enviados a um dos compradores, o homem chegou a afirmar que “não cederia” ao pai, negando-se a devolver os bens e sugerindo que seu pai “brigaria na Justiça”.
Em resposta a essa situação devastadora, o idoso tomou a difícil decisão de revogar todas as procurações concedidas ao filho e iniciou um processo legal para recuperar seus bens. As ações do filho não apenas feriram a confiança familiar, mas também geraram um impacto financeiro significativo sobre o idoso.
O homem foi autuado por apropriação de bens da pessoa idosa e por estelionato, e aguarda audiência de custódia, agora sob a responsabilidade do Poder Judiciário. O caso ressalta a necessidade de proteção legal para os mais vulneráveis, em especial aqueles que, como o idoso, confiam seus bens e sua segurança às próprias famílias.
A história deste homem idoso ilustra um desafio crescente em nossa sociedade: a violência financeira e emocional contra aqueles que, por sua condição etária ou fragilidade, ficam vulneráveis às ações de pessoas que deveriam amá-los e protegê-los. A expectativa é que a justiça seja feita e que episódios como esse não se repitam, reforçando a proteção dos direitos dos idosos.
Essa situação alerta para a importância da conscientização sobre os direitos dos idosos e da necessidade de vigilância e suporte nas relações familiares. Crime contra a pessoa idosa deve ser combatido com rigor, e o apoio às vítimas deve ser prioridade em nossa sociedade.
Leia a matéria na íntegra em: d24am.com
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