A incorporadora imobiliária China Evergrande está buscando obter a aprovação dos credores para suas propostas de reestruturação de dívida até o final de fevereiro, conforme afirmaram os advogados da empresa nesta segunda-feira (28).
Uma vez sendo a líder de vendas no setor imobiliário na China, a Evergrande atualmente encontra-se no centro da crise imobiliária do país. Sua dívida offshore de US$ 22,7 bilhões, incluindo empréstimos e títulos privados, é considerada inadimplente devido a pagamentos não cumpridos no final do ano passado.
Diante da escassez de novas opções de financiamento e da desaceleração das vendas de imóveis, a Evergrande, que possui um total de US$ 300 bilhões em passivos, deu início a um dos maiores processos de reestruturação de dívida na China em 2022.
O grupo planeja finalizar as propostas de reestruturação da dívida até o final de fevereiro ou início de março. Os advogados da incorporadora afirmaram em um tribunal de Hong Kong que um processo de liquidação contra a empresa foi adiado para 20 de março de 2023.
De acordo com informações da Reuters, a Evergrande assinou acordos de confidencialidade com os detentores de títulos em novembro, se preparando para negociações em dezembro, onde os termos seriam finalizados no início deste ano.
Um investidor da Fangchebao (FCB), marketplace de imóveis e automóveis da Evergrande, ingressou com uma petição de liquidação contra a incorporadora em junho, alegando que o grupo não cumpriu o acordo para recomprar ações adquiridas pelo investidor na FCB.
Tanto a Evergrande quanto seu grupo de credores offshore se manifestaram contra a petição, afirmando que a empresa está ativamente envolvida no processo de reestruturação da dívida offshore em benefício de todos os credores.
Durante a audiência desta segunda-feira, a juíza Linda Chan solicitou que a Evergrande apresentasse informações mais concretas sobre seu processo de reestruturação de dívida até a próxima audiência. A empresa foi instruída a fornecer um relatório de atualização do processo 14 dias antes da próxima audiência.
Uma das opções em consideração para a proposta de reestruturação é a oferta de ativos na China como garantia adicional para garantir a aprovação dos credores offshore, conforme fontes consultadas pela Reuters.
No entanto, um documento público revelou que um terreno de propriedade da Evergrande foi adquirido por uma empresa estatal em Shenzhen por 7,5 bilhões de iuans (US$ 1,04 bilhão), o que poderia impactar no plano da empresa. Até o momento, a Evergrande não se pronunciou oficialmente sobre esse caso.
É evidente a complexidade e os desafios enfrentados pela China Evergrande nesse momento delicado. A empresa continua empenhada em buscar soluções viáveis para reestruturar sua dívida e garantir a continuidade de suas operações no mercado imobiliário.
Diante desse cenário em constante evolução, é fundamental aguardar as próximas atualizações e desdobramentos desse processo de reestruturação, que impacta não apenas a Evergrande, mas também todo o setor imobiliário chinês.
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Legenda: Incorporadora imobiliária China Evergrande em destaque.
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Legenda: Sede da Evergrande na China.
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Legenda: Advogados da empresa em reunião para discutir a reestruturação da dívida.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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