O Crescimento dos Estúdios no Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro
No vibrante mercado imobiliário carioca, os pequenos imóveis têm surpreendido até os investidores mais experientes. Um levantamento da imobiliária Loft, baseado em 450 mil anúncios residenciais entre agosto e outubro, mostra que estúdios menores que 30 metros quadrados na Gávea estão sendo cotados a partir de R$ 840 mil. Esse valor consolida a Gávea como o bairro mais procurado para transações nesse segmento, em um cenário que se repete em várias áreas nobres das grandes cidades brasileiras.
Estes imóveis, conhecidos como estúdios ou, em um tom mais nostálgico, “kitnet”, conjugados, ou “já-vi-tudos”, foram populares nas décadas de 1950 e 1960, especialmente em Copacabana e na Rua do Riachuelo. Atualmente, suas vendas registram cifras impressionantes, principalmente quando analisadas pelo preço por metro quadrado. Em bairros de alto padrão, um apartamento de 30 m² pode ser vendido por valores muito acima de R$ 1 milhão, enquanto unidades maiores podem ultrapassar R$ 15 milhões. No Leblon, lançamentos de apartamentos um pouco maiores, com 47 m², têm preços superiores a R$ 2,3 milhões.
Uma questão que frequentemente surge é a razão pela qual as construtoras estão investindo tantos recursos na construção de estúdios. Lucy Dobbin, superintendente de vendas da Sérgio Castro, oferece uma explicação clara: “Cada bairro tem sua pirâmide de compradores. A base, que representa o maior público, está sempre em busca do produto mais acessível, que, na atualidade, são os estúdios. Eles concentram uma alta demanda e, por isso, o preço por metro quadrado é superior ao de apartamentos maiores. Imóveis maiores têm um ciclo de vendas mais lento, pois o valor final é muito alto e a demanda, proporcionalmente, menor. Em contrapartida, os estúdios se encaixam no orçamento de muitos compradores e têm uma rotatividade maior no mercado.”
Esse fenômeno é ainda mais acentuado em áreas turísticas, onde a locação por temporada tem convertido apartamentos pequenos em fontes de renda, aumentando ainda mais seu valor de mercado. A valorização das unidades está atrelada à escassez de oferta e ao calor da demanda. Na Gávea, a presença da PUC-Rio e uma população de profissionais solteiros, além de investidores em busca de liquidez, tornaram esses estúdios um “ouro em miniatura”. A expectativa de venda para lançamentos de novas unidades, como o projeto da Performance próximo à PUC, é altíssima, com especialistas preveem que as unidades atenderão a uma demanda reprimida por décadas e se esgotarão em dias.
Entretanto, o fenômeno não se limita apenas a Gávea ou Leblon. O Leme figura em sexto lugar no ranking nacional, com unidades compactas avaliadas em média em R$ 21 mil o metro quadrado, resultando em cerca de R$ 560 mil. Outros bairros como Copacabana e Jardim Botânico também estão na lista, reforçando a imagem do Rio de Janeiro como uma cidade onde os “compactos caros” são vendidos rapidamente, oferecendo retorno ágil para investidores.
No Centro do Rio, os estúdios vêm também alcançando resultados surpreendentes. Lançamentos como o Gate, próximo ao Aeroporto, e o Áureos, na Rua do Acre, foram vendidos em tempo recorde. O projeto Ora, na Rua do Passeio — antiga Mesbla — surpreendeu ao atingir vendas acima de R$ 15 mil por metro quadrado, em uma área tão emblemática. Além disso, pelo menos cinco novos empreendimentos dirigidos a estúdios estão programados para serem lançados, acompanhando a tendência de revitalização do Centro, que oferece uma logística de transporte sem igual no Brasil. A Glória, por sua vez, parece estar se tornando o próximo foco de lançamentos de estúdios.
Apesar da força do mercado carioca, São Paulo ainda leva a coroa de campeão em número de bairros com preços elevados para estúdios, reunindo 16 dos 30 bairros analisados no estudo. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar, com sete bairros, seguido pelo Rio de Janeiro, que conta com quatro.
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