Mudanças nas Linhas de Ônibus intermunicipais do Rio: Um Novo Rumo para a Mobilidade
Desde 2015, o tema da reestruturação nas linhas de ônibus intermunicipais que atendem a Região Metropolitana e o interior do estado do Rio de Janeiro vem acompanhado de debates intensos. A recente proposta de licitação completa, que está em pauta, promete alterar significativamente os hábitos de deslocamento de uma parcela considerável de usuários que dependem desse meio de transporte.
Racionalização das Linhas
Em janeiro deste ano, o Departamento Estadual de Transportes (Detro) apresentou estudos à Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade Urbana. Um dos principais objetivos dessa análise, que leva em consideração as mudanças de comportamento de viagem ocasionadas pela pandemia de Covid-19, é a racionalização do sistema. O estudo sugere a eliminação de percursos que duplicam serviços ou que competem com opções de alta capacidade como trens e metrôs. Atualmente, existem cerca de 1.100 linhas disponíveis, e o plano propõe que 862 delas sejam mantidas, representando 78% do total.
Impactos na Vida Diária
Com essa reestruturação, mais de 500 mil passageiros que diariamente se deslocam entre a capital e as cidades da região metropolitana para trabalho, estudo ou outras atividades podem ser impactados. As mudanças ainda estão sob análise pela equipe da Secretaria de Transportes, que pode modificar os serviços ou manter alguns deles, com a revelação dos cortados ainda pendente.
Edificação do Edital
O governo tem a expectativa de lançar o edital da nova licitação até o final de março. Rogério Sacci, chefe de gabinete da Secretaria de Transportes, afirma que ajustes finais estão em andamento e que as informações apresentadas atualmente não são definitivas. "Nossa preocupação é equilibrar a racionalização, sem prejudicar o acesso do cidadão aos serviços", destaca.
Por outro lado, o secretário de Transportes, Washington Reis, assegura que nenhuma linha será suprimida de forma a afetar negativamente os usuários. "Se eu pudesse, lançaria o edital amanhã", afirma, enfatizando seu compromisso com as necessidades dos passageiros.
Linhas em Blocos e Integrações
A proposta de licitação aborda a divisão das linhas em blocos, inicialmente sugerindo 15, mas que deve reduzir para 12. Cada bloco conterá linhas de maior demanda e algumas deficitárias, visando equilibrar as receitas e, ao mesmo tempo, garantir um serviço satisfatório. Contudo, não haverá alterações nos percursos que interligam cidades ao Rio para incentivar integrações em pontos estratégicos, contrariando os desejos da prefeitura em aumentar a demanda pelo BRT Transbrasil.
Sacci ressalta que diferentemente de outras metrópoles como São Paulo, onde os usuários estão acostumados a realizar baldeações, a cultura fluminense resiste à integração. "Aqui, o cidadão não entende a necessidade de trocar de modal", explica.
Desafios para os Futuros Operadores
Os desafios não se restringem apenas às linhas. A duração proposta para que os futuros operadores montem suas garagens é de apenas seis meses, um prazo considerado curto, principalmente por empresas que não atuam na região. Em 2010, esse tempo foi um fator que afastou potenciais concorrentes.
As linhas que conectam a Barra da Tijuca a outros municípios foram licitadas separadamente e não farão parte desse novo edital. Além disso, novas regras de bilhetagem eletrônica devem ser implementadas, duas medidas criticas que visam modernizar e monitorar o sistema.
Novas Regras para Frota
O edital também contemplará a idade da frota, exigindo que as linhas urbanas apresentem uma média de cinco anos e as rodoviárias de seis anos. Além disso, é estipulado que 20% dos veículos devem ser novos, com a inclusão de tecnologia avançada como computadores de bordo e sistemas de monitoramento de imagem e GPS, o que reforça a segurança e a fiscalização do serviço.
Um aspecto inovador previsto é a possibilidade de que parte da frota na região metropolitana seja composta por veículos elétricos, um passo em direção à sustentabilidade e à redução de emissões.
Conclusão
As transformações nas linhas de ônibus intermunicipais do Rio de Janeiro sinalizam um esforço significativo para melhorar a mobilidade e modernizar o transporte público. Com o edital a caminho, resta saber como serão as reações dos usuários e como as autoridades equilibrarem a oferta de serviços às demandas da população. O futuro do transporte público na Região Metropolitana está em transformação e, inevitavelmente, exigirá adaptação por parte dos passageiros e operadores.
Leia a matéria na íntegra em: oglobo.globo.com
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