O setor imobiliário no Brasil enfrenta um cenário de estagnação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dez anos, o que tem levado o governo a considerar medidas para facilitar empréstimos. Especialistas indicam que os altos juros e saques da poupança são os principais desafios enfrentados pelo setor.
Em 2015, o setor imobiliário representava cerca de 7% do PIB, alcançando 9% nesse mesmo ano. No entanto, desde então, as taxas têm permanecido nesse patamar. Segundo o professor Fábio Gallo, da FGV EAESP, a elevada taxa de juros e a redução do programa Minha Casa Minha Vida estão entre os fatores que contribuem para a situação atual.
O governo busca atrair grandes fundos de pensão e investimentos para o mercado de crédito imobiliário, visando reaquecer o setor. A medida provisória do Acredita tem sido discutida como uma forma de estimular o mercado imobiliário.
As taxas de juros no setor variam de acordo com a modalidade de empréstimo, sendo a mais alta para o home equity, com 17,85% ao ano em maio de 2024. A expectativa é de que a taxa básica de juros, Selic, possa subir na próxima reunião do Banco Central, o que poderia pressionar ainda mais os preços do setor imobiliário.
Para acelerar o crédito imobiliário, a medida provisória prevê o uso da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para reforçar um mercado secundário de crédito imobiliário. Isso permitiria a conversão da taxa referencial para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), oferecendo uma melhor remuneração aos investidores.
Em um cenário desafiador, com taxas de juros elevadas e saques da poupança em alta, as mudanças estruturais no setor imobiliário são essenciais. O governo, o Banco Central e outras entidades devem trabalhar juntos para garantir o acesso a recursos e reduzir as taxas de juros, tornando o setor mais sustentável.
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Fonte das imagens: CNN Brasil
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Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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