Deslizamento de Terra: Muro de Obra Rompe e Atinge Condomínio Vizinhos

Problemas Estruturais em Condomínio Levantam Questões sobre Responsabilidades e Obras Públicas

Na última semana, o síndico Evandro Alves de Almeida da comunidade de um condomínio em Itajaí trouxe à tona preocupações sobre a segurança estrutural de seu edifício, que está diretamente ligado a uma obra pública em andamento. Segundo Evandro, a casa que hoje abriga o condomínio foi parcialmente demolida para a construção de um novo binário viário. No entanto, essa transformação foi acompanhada de desafios significativos, que levantam questões sobre a responsabilidade de manutenção das estruturas.

Evandro relata que, desde a entrega do prédio, o muro que compõe a infraestrutura do condomínio foi assente sobre um antigo muro de pedras da edificação desapropriada. A prefeitura havia notificado a construção de um sistema de drenagem para evitar o colapso do muro, mas, passados dois anos, a obra ainda não saiu do papel. Somente intervenções simples, como a limpeza do terreno, foram realizadas. A partir desse descaso, um impasse se formou entre a prefeitura e a construtora sobre quem deveria assumir a responsabilidade pela construção de um novo muro.

“A água que se acumulou durante as chuvas recentes fez com que o muro cedessem, resultando em um colapso que comprometeu a estrutura do condomínio íntima e preocupantemente,” explicou o síndico. Com a ruptura, foram expostas as pedras que outrora formavam o muro e o terreno ao redor ficou instável, aumentando o risco de novos desabamentos. Adjunta a essa situação, a antiga garagem da casa desapropriada, que agora funciona como um depósito de entulhos, também enfrenta um risco iminente.

A Defesa Civil já foi acionada e encontrou o muro condenado, mas os moradores se sentiram impotentes diante da situação. Segundo Evandro, a prefeitura prometeu não apenas a demolição completa da antiga residência, mas também a construção de um novo muro, um compromisso que, até o momento, não foi cumprido.

Atualmente, o condomínio se vê sem uma solução clara. Enquanto a prefeitura culpava a construtora pela situação, esta última apontava para a prefeitura, indicando que a responsabilidade pela reconstrução do muro era do poder público. Assim, os moradores aguardam que as obras do novo binário tenham início e tragam consigo a resolução desse impasse.

Enquanto isso, a situação da obra do binário da Osvaldo Reis avança lentamente. Recentemente, as obras foram retomadas em um trecho próximo à Praia Brava, onde melhorias significativas estão sendo implementadas. Segundo a prefeitura, este novo corredor viário possui um investimento estimado em R$ 180 milhões, com foco na mobilidade urbana e acessibilidade, além de melhorias em infraestrutura. A primeira fase da obra corresponde a um trecho de 500 metros, com previsão de finalização em agosto de 2025.

A executora da obra, CN Construtora, se manifestou, explicando que a situação atual é complexa e que, embora esteja disposta a colaborar com a prefeitura, a problemática que envolve o muro do condomínio é mais profunda. Segundo Edson Borba, diretor de engenharia da construtora, a situação de acúmulo de água na área, resultado de obras anteriores, precisa ser resolvida antes que um novo muro possa ser construído.

A relação entre a prefeitura e a construtora continua a ser um aspecto a ser explorado, visto que as partes se revezam na responsabilidade da obra que promete não apenas estruturar um novo viaduto, mas também melhorar a qualidade de vida dos cidadãos envolvidos nas imediações.

Em meio a essa turbulência, os moradores aguardam uma solução concreta, desejando que a tão esperada obra do binário possa finalmente levar a um desfecho positivo e duradouro para os problemas estruturais que afligem seu condomínio. É uma autêntica batalha em busca de soluções que, ao que tudo indica, ainda está longe de ser resolvida.

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