A Valorização dos Studios em São Paulo: Um Fenômeno em Ascensão
Com a crescente demanda por imóveis compactos, os studios em São Paulo se tornaram sinônimo de valorização. Segundo uma pesquisa realizada pela Loft, acessada com exclusividade pelo Estadão, o preço médio de apartamentos de até 30 metros quadrados nos 10 bairros mais nobres da capital paulista já supera a marca dos R$ 500 mil, e as projeções indicam que essa tendência de alta deve continuar.
Um Mercado em Ascensão
Entre dezembro de 2024 e abril deste ano, os studios em São Paulo apresentaram uma valorização de 9%. O bairro Itaim Bibi se destacou, registrando um aumento impressionante de 34% no período. Atuais interessados em adquirir uma unidade no bairro devem estar preparados para desembolsar cerca de R$ 869 mil. No Jardim América, o preço médio gira em torno de R$ 748 mil. Essa valorização é impulsionada pela localização privilegiada, pelas modernas estruturas dos edifícios e pela escassez de terrenos disponíveis.
Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, explica que “essas unidades estão inseridas em edifícios novos em áreas supervalorizadas, oferecendo uma gama de serviços que muitas vezes compensam o espaço reduzido”.
Prazo e Atratividade
Os studios têm um custo por metro quadrado que geralmente é mais elevado do que o de apartamentos maiores no mesmo prédio. Porém, Takahashi observa que, devido ao valor médio mais acessível, os studios se tornam uma opção atraente para investidores, especialmente em tempos de taxas de juros elevadas.
A incorporadora de luxo Trisul está na vanguarda da construção de projetos focados em apartamentos compactos próximos de estações de metrô. A linha The Collection, por exemplo, abrange studios de 24 m² a 33 m² e imóveis com um quarto de até 39 m², com valores variando de R$ 390 mil a R$ 520 mil. André Quinzeiro, gerente comercial da Trisul, destaca que “desenvolvemos esses produtos pensando na liquidez e segurança financeira do investidor”, prometendo um retorno médio de cerca de 1% ao mês.
Curiosamente, a maioria dos investidores que adquirem essas unidades são pessoas do mercado financeiro, com 85% dos clientes da Trisul pertencendo a esse perfil. Um exemplo notável é o The Collection Vila Madalena, próximo à estação de metrô do mesmo nome, que oferece garantias de aluguel no primeiro ano por meio de parceria com a startup de short stay Charlie.
Serviços que Ampliam a Experiência de Morar
Os edifícios modernos têm apostado na ampliada funcionalidade das áreas comuns, transformando-as em verdadeiras extensões de lar. Contudo, esse conforto adicional é refletido no valor do condomínio. Em locais como Itaim Bibi, o custo médio mensal pode ultrapassar os R$ 850, enquanto no Jardim América gira em torno de R$ 670 e, no Jardim Paulistano, é em média R$ 492.
Bairros em Alta para Studios
O levantamento indica que os bairros com maior oferta de studios são República, Pinheiros e Bela Vista, áreas que se destacam pela presença intensa de novos lançamentos. Segundo Takahashi, “República e Bela Vista concentram muitos prédios antigos adaptados ao perfil de studio, enquanto Pinheiros é emergente com imóveis novos, resultado de uma política urbana que incentiva a verticalização”.
Demografia e Oportunidades
Os apartamentos de menos de 30 m² já são a segunda tipologia mais lançada em São Paulo. Dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (Secovi-SP) revelam que, em abril, foram lançadas 1.905 unidades e vendidas 1.974 na capital. Alcides Gonçalves Júnior, diretor executivo da Newproperties, ressalta que “a quantidade crescente de pessoas vivendo sozinhas ou em casais está gerando uma demanda por praticidade e proximidade de serviços e transporte público”, que são características determinantes para a escolha dos moradores.
Além disso, a escassez de terrenos nas áreas centrais torna os studios uma alternativa viável. Estes representam 21% do total de imóveis disponíveis na cidade, posicionando-se logo atrás da faixa de 30 m² a 45 m², que compreende 53% do estoque total. Júnior enfatiza que o Plano Diretor tem sido um fator importante para essa mudança no perfil demográfico.
Rodrigo Putinato, COO da SKR, complementa que “o zoneamento é fundamental para determinar o que um local precisa, visando sempre atender às demandas da comunidade”. Os studios, além de diversificarem o público, atraem desde jovens profissionais até investidores em busca de ativos.
O Perfil dos Moradores de Studios
A pesquisa “Studio na cidade de São Paulo: perfil demográfico e hábitos de seus moradores” revela um padrão comum entre os residentes desses imóveis. Em sua maioria, têm entre 30 e 44 anos, são solteiros, sem filhos, possuem graduação completa e rendimentos compatíveis com a classe B. Monique Genari, arquiteta e uma das pesquisadoras do estudo, destaca a mobilidade urbana como um fator crucial para esse perfil.
Embora os moradores de studios sintam-se geralmente satisfeitos, a pesquisa aponta que 82% não pretendem permanecer neles no médio prazo, e 76% pretendem adquirir um imóvel em 3 a 5 anos. No entanto, apenas um terço dos inquilinos possui poder de compra, o que sugere que muitos veem essa etapa como uma solução transitória.
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