Nos últimos anos, o leilão de imóveis se consolidou como uma alternativa de destaque no Brasil, atraindo tanto investidores quanto instituições financeiras em busca de recuperar créditos. O boom no número de propriedades disponíveis nesse formato tem chamado a atenção de especialistas e do público, especialmente entre 2022 e 2024, quando a quantidade de imóveis leiloados cresceu consideravelmente.
Esse aumento está vinculado a fatores econômicos e sociais, como a ascensão da inadimplência nos financiamentos imobiliários e o crescimento das taxas de juros. Adicionalmente, a facilidade de acesso à informação proporcionada pela internet e plataformas digitais vem tornando os leilões mais transparentes e acessíveis a diversos perfis de compradores.
Por que tantos imóveis vão a leilão?
Um dos principais motivos para o aumento dos leilões de imóveis no Brasil é a inadimplência. Quando um proprietário não consegue arcar com as parcelas do financiamento, a instituição financeira pode tomar o imóvel para quitar a dívida, conforme estipulado em contrato. Além disso, dívidas como IPTU e taxas condominiais em atraso podem levar uma propriedade a leilão, assim como disputas judiciais relacionadas a pensão alimentícia.
A recente alta nas taxas de juros em financiamentos imobiliários, especialmente entre 2022 e 2024, tornou as parcelas mais pesadas para muitas famílias, contribuindo para o crescimento da inadimplência e, por consequência, do número de imóveis leiloados.
Quais são os riscos e desafios ao comprar imóveis em leilão?
Embora o leilão de imóveis possa oferecer oportunidades de compra com descontos atrativos, é essencial estar ciente dos riscos envolvidos. Um dos principais desafios é a possibilidade de ocupação do imóvel, seja pelo antigo proprietário ou por inquilinos. Nestes casos, o novo comprador pode enfrentar processos judiciais para desocupar a propriedade, acarretando custos e atrasos.
Outro aspecto a ser considerado é a dificuldade em visitar ou avaliar o imóvel antes do leilão. Isso pode resultar em despesas inesperadas com reparos ou melhorias após a compra. Além disso, é fundamental estar atento a eventuais dívidas pendentes, como taxas de condomínio e impostos, que podem ser transferidas ao novo proprietário.
Como funciona o processo de leilão de imóveis?
O processo de leilão de imóveis é guiado por etapas bem definidas, o que promove transparência e segurança jurídica. Confira os passos principais:
- Publicação do edital: O leiloeiro divulga um edital com informações detalhadas sobre o imóvel, condições de pagamento e regras do leilão.
- Habilitação dos interessados: Os interessados devem se cadastrar e apresentar a documentação necessária para participar.
- Realização do leilão: O evento pode ocorrer de forma presencial ou online, permitindo lances até o encerramento.
- Arrematação: O maior lance assegura a aquisição, desde que atenda aos requisitos do edital.
- Pagamento e transferência: Com o pagamento realizado, inicia-se o processo de transferência da propriedade para o novo proprietário.
Vale a pena investir em imóveis de leilão?
Investir em imóveis de leilão pode ser uma alternativa atraente, especialmente devido aos preços mais acessíveis. Entretanto, é vital agir com cautela e estar bem informado. Profissionais que atuam regularmente nesse segmento costumam obter melhores resultados, pois estão mais familiarizados com os trâmites legais e com a avaliação de riscos envolvidos.
Para aqueles sem experiência, recomenda-se estudar atentamente o edital, buscar informações sobre o imóvel e, se possível, contar com o suporte de profissionais especializados, como advogados e corretores. Isso pode ajudar a minimizar riscos e maximizar as vantagens oferecidas pelo leilão de imóveis no atual cenário brasileiro.
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