A crise global do custo de vida está longe de acabar, e os moradores das grandes cidades estão sentindo o impacto diretamente no bolso. De acordo com o índice de Custo de Vida Mundial da Economist Intelligence Unit (EIU), o custo médio de vida aumentou 7,4% neste ano, com os preços dos produtos de supermercado subindo ainda mais rápido.
Embora esse aumento seja um pouco menor do que o registrado no ano anterior, os números continuam significativamente mais altos do que as “tendências históricas”. Os preços dos serviços públicos, que foram a categoria de aumento mais rápido no ano passado, apresentaram a menor inflação desta vez.
Recentemente, a EIU divulgou a lista das 10 cidades mais caras do mundo em 2023, com Zurique e Cingapura ocupando o primeiro lugar. A ascensão de Zurique, que pulou do sexto lugar no ano anterior, foi atribuída à força do franco suíço e aos altos preços de mantimentos, artigos domésticos e recreação. Já Cingapura foi mencionada pelos seus elevados custos de transporte e roupas.
Nova York, que empatou com Cingapura no primeiro lugar no ano passado, caiu para o terceiro lugar, empatando com Genebra. Hong Kong ficou em quinto lugar, Los Angeles em sexto, Paris em sétimo, e Tel Aviv e Copenhagen em oitavo. São Francisco encerra a lista das 10 cidades mais caras.
Os aumentos de preços estão diminuindo de ritmo devido à redução dos problemas na cadeia de suprimentos desde que a China suspendeu suas restrições ligadas à Covid-19. Os preços dos alimentos continuam subindo, à medida que os varejistas repassam os custos mais altos aos consumidores.
A chefe de custo de vida mundial da EIU, Upasana Dutt, afirmou que esperam que a inflação continue a desacelerar em 2024, mas alertou para os riscos de alta relacionados a conflitos armados e condições climáticas extremas.
No ranking de custo de vida mundial, algumas cidades tiveram quedas significativas, como Moscou e São Petersburgo, na Rússia. A capital russa caiu 105 posições, enquanto a segunda perdeu 74 posições, devido à desvalorização do rublo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Damasco, na Síria, continua sendo a cidade mais barata do mundo, seguida por Teerã, no Irã, e Trípoli, na Líbia. A pesquisa também apontou diferenças nos custos com serviços públicos, ajuda doméstica, tabaco, recreação, transporte e mantimentos em diversas regiões do mundo.
O Custo de Vida Mundial 2023 comparou mais de 400 preços individuais em 200 produtos e serviços em 173 grandes cidades, sendo um importante indicador da situação econômica global. Os desafios continuam para os consumidores em meio a essa crise de custo de vida, que está longe de ser resolvida.
Este artigo foi baseado em conteúdo originalmente publicado em inglês pela CNN, disponível em https://edition.cnn.com/2023/11/30/travel/the-worlds-most-expensive-cities-to-live-in-for-2023/index.html.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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