Descubra as Áreas com Potencial de Desvalorização: O Que Observar e Evitar

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Feiras-Livres em São Paulo: Tradição ou Transtorno?

Em meio à efervescência da maior metrópole do Brasil, as feiras-livres surgem como um símbolo de tradição e praticidade para muitos. No entanto, essa prática que agrega valor cultural e promove a solidariedade entre vizinhos também tem seus custos, especialmente para aqueles que residem nas proximidades. É interessante observar como a presença de uma feira-livre pode impactar o valor de um imóvel, refletindo em desvalorizações que podem chegar a 20%.

O lado negativo das feiras-livres

Apesar de grandes histórias de sucesso e do carinho que muitos têm pelas barracas repletas de frutas e legumes frescos, há várias queixas em relação à estrutura e ao impacto desse comércio nas comunidades. Os moradores frequentemente se deparam com o barulho causado pela montagem das barracas desde as primeiras horas da manhã, além do incômodo dos gritos dos feirantes e do movimento intenso que se forma. Aqueles que possuem carros estacionados nas ruas precisam acordar antes do amanhecer para retirar o veículo, e os que têm garagens enfrentam uma verdadeira maratona para conseguir utilizá-las durante a feira.

Ademais, a limpeza do espaço após o evento é uma preocupação constante. Por mais que os feirantes se esforcem para recolher o lixo, o cheiro residual e a sujeira que ficam na rua podem causar sérios transtornos aos moradores locais. Esses fatores tornam-se um verdadeiro obstáculo à rotina e ao funcionamento de pequenos comércios que muitas vezes não conseguem operar durante esses dias.

Star a regulamentação

Compreendendo esses problemas, o Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu a constitucionalidade de leis que garantem descontos no IPTU para imóveis que sofram impactos devido à presença das feiras-livres. A Lei Municipal 8.920 de 2015, por exemplo, prevê um desconto de até 50% no imposto, uma medida que tenta minimizar os efeitos colaterais dessa tradição popular.

Um olhar histórico

As feiras-livres em São Paulo têm uma história rica. A primeira feira foi instituída em 1914, pelo prefeito Washington Luiz P. de Souza, como estratégia para enfrentar a crise de abastecimento da época. Com um número inicial de apenas 26 feirantes, o evento crescer pode se tornar uma tradição viva, abrigando atualmente 955 feiras-livres espalhadas por toda a cidade, operando em diferentes horários.

Esses mercados populares estão distribuídos em diversos bairros, desde as áreas mais periféricas até as mais nobres, como Itaim Bibi e Vila Nova Conceição, onde o preço do metro quadrado pode ultrapassar R$ 50 mil. Isso gera um fenômeno interessante: como um bairro tão valorizado pode conviver com os desafios associados à presença de feiras-livres?

A polarização de opiniões

A questão sobre a presença de feiras-livres divide as opiniões dos moradores. Para Davi Sant’Ana, residente no Itaim Bibi, as feiras representam aspectos positivos, como a possibilidade de desfrutar de um pastel fresco e caldo de cana, enquanto encontra os vizinhos. "Vivo a apenas duas quadras da feira e só vejo vantagens", admite.

Por outro lado, Marina Nogueira, que também vive no mesmo bairro, expressa sua frustração. "Depois de passar uma noite péssima com todo o barulho e a sujeira, é um desafio sair para o trabalho", argumenta. Marina destaca que, para pessoas que trabalham em casa ou têm necessidades especiais, como saúde frágil, a situação é ainda mais complicada.

Um futuro incerto

Com a introdução de supermercados que atendem a uma demanda similar e funcionam em horários mais flexíveis, há quem defenda a ideia de transferir as feiras-livres para espaços públicos, afastando-as de áreas residenciais. No entanto, esse debate não conta com um consenso claro. As feiras-livres, consideradas patrimônio cultural de São Paulo, continuam a ter um papel relevante na economia e no convívio social da cidade.

Por fim, enquanto a cidade cresce e se transforma, a discussão sobre a permanência e adequação das feiras-livres à vida moderna deve persistir. Assim, a tradição pode ser preservada, mas com uma abordagem que considere as necessidades e preocupações de todos os moradores. O futuro das feiras-livres em São Paulo está, sem dúvidas, em construção, refletindo as relações dinâmicas entre tradição e modernidade.

Leia a matéria na íntegra em: veja.abril.com.br


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