A uva Malbec, conhecida por ser a queridinha dos brasileiros, tem ganhado cada vez mais destaque na Argentina, tornando-se uma verdadeira marca registrada dos “hermanos”. Originária de Cahors, no sudoeste francês, a casta teve um papel fundamental na viticultura europeia, especialmente nos vinhos de Bordeaux, até ser duramente afetada pela devastação da filoxera no final do século XIX.
A chegada da praga levou ao desaparecimento de grande parte dos vinhedos de Malbec na França, gerando uma dificuldade significativa para recuperar a produção da casta. Enquanto isso, na Argentina, a uva encontrou condições ideais de cultivo no solo seco e alto de Mendoza, graças ao trabalho do agrônomo francês Michel Aimé Pouget.
Atualmente, a França detém apenas 5 mil hectares destinados à Malbec, em comparação aos 45 mil hectares da Argentina. O reconhecimento da importância da casta para os argentinos foi tão grande que em 1991 ela recebeu uma espécie de “rebatismo” na cidade de Luján de Cuyo, em Mendoza, que se tornou a primeira denominação de origem da Argentina.
Essa conquista foi resultado do esforço de Alberto Arizu, conhecido como o “guardião do terroir argentino”, que enfatizou a importância dos protocolos fitossanitários e sustentáveis na produção de Malbec. A vinícola Luigi Bosca, da qual ele é proprietário, foi pioneira na produção da casta e mantém em seu acervo o primeiro rótulo de Malbec produzido em 1912.
A região de Luján de Cujo, com apenas 34 anos de existência como denominação de origem, abriga outras grandes vinícolas como Catena Zapata, Susana Balbo, Cheval des Andes e Achaval Ferrer. O terroir de altitude e o clima cálido e seco da região têm contribuído para a produção de Malbecs elegantes e intensos, ideais para harmonização com churrascos e outras iguarias.
A trajetória da uva Malbec, de sua emblemática origem francesa à consolidação na Argentina, reflete não apenas uma mudança geográfica, mas também uma evolução na qualidade e excelência dos vinhos produzidos. A história da casta e sua ascensão no cenário vitivinícola argentino são testemunho do potencial da região e da dedicação dos produtores em preservar e aprimorar a tradição vinícola.
Stêvão Limana, jornalista especializado em vinhos e gastronomia, destaca a importância histórica e cultural da Malbec para a Argentina, ressaltando a paixão e dedicação dos viticultores em manter viva essa tradição enológica. Com um olhar apurado, ele evidencia o valor simbólico dos vinhos de Malbec, que expressam a identidade e a excelência da viticultura argentina.
A jornada da Malbec, de sua origem francesa às terras argentinas, é um testemunho da resiliência e da capacidade de adaptação da viticultura frente aos desafios e às transformações do tempo. A consagração da uva como ícone da Argentina reafirma a importância da diversidade e da riqueza do mundo dos vinhos, revelando os segredos e os sabores que cada terroir tem a oferecer.
Referência: CNN Brasil.
Leia a matéria na integra em: CNN Viagem e Gastronomia
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