A região que abrange os bairros de Vargem Pequena, Vargem Grande e Camorim, situados na Baixada de Jacarepaguá, guarda uma rica história que remonta ao período colonial. Originalmente parte da sesmaria de Gonçalo Correia de Sá, a área foi doada aos monges beneditinos no século XVII por sua filha, Vitória Correia de Sá. Frei Lourenço da Expectação Valadares estabeleceu a fazenda Vargem Grande no século XVIII, que produzia cana-de-açúcar, carne, anil e materiais de construção, utilizando mão-de-obra escravizada.
No século XIX, a região passou por expansão de cafezais e foi dividida entre o Banco do Crédito Móvel e a Companhia Engenho Central de Jacarepaguá. A urbanização e o desenvolvimento da vizinha Barra da Tijuca a partir da segunda metade do século XX impactaram as Vargens, levando à perda da vida rural e à expansão imobiliária.
Embora ainda mantenha um aspecto tranquilo e arborizado, a região enfrenta desafios com a expansão da população em direção às áreas de risco, avanço sobre as matas e problemas relacionados à milícia. Para preservar sua identidade e vegetação nativa, é fundamental proteger as áreas de proteção ambiental.
Apesar dos desafios enfrentados, as Vargens possuem atrativos turísticos e culturais únicos. A Capela de Nossa Senhora de Monserrate, construída entre 1732 e 1768, é considerada uma joia do Império e um local popular para cerimônias. A Igreja de São Gonçalo do Amarante, erguida em 1625, é uma das estruturas mais antigas da cidade, com modificações realizadas no final do século XVIII.
Destaca-se também o Quilombo Cafundá Astrogilda, reconhecido pela Fundação Palmares, como um território de resistência da comunidade negra. Localizado próximo ao Parque Estadual da Pedra Branca, o quilombo preserva a memória da matriarca Astrogilda e oferece experiências gastronômicas únicas, incluindo o Bar da Nilza e o restaurante Tô na Boa.
Diante da pressão da expansão urbana, é fundamental que a região das Vargens cuide de sua identidade e mantenha a proteção de suas áreas naturais. A preservação do patrimônio cultural e ambiental é essencial para garantir um desenvolvimento sustentável e equilibrado na região.
Por Daniel Sampaio, advogado, memorialista e ativista do patrimônio, fundador do perfil @RioAntigo no Instagram.
Leia a matéria na integra em: Veja Rio
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