Desafios da Cyrela em Aproveitar Oportunidades das Novas Normas do Minha Casa Minha Vida em São Paulo

0
Desafios da Cyrela em Aproveitar Oportunidades das Novas Normas do Minha Casa Minha Vida em São Paulo

Programa Minha Casa Minha Vida em São Paulo: Limitações e Perspectivas

A nova faixa de renda do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), apresentada em abril, enfrenta restrições na capital paulista, segundo Miguel Mickelberg, CFO da Cyrela. O executivo compartilhou essa perspectiva durante uma coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (14), onde também foram divulgados os resultados financeiros do segundo trimestre da empresa.

Embora a Cyrela esteja otimista com as mudanças, Mickelberg destacou que as normas de habitação de interesse social em São Paulo limitam o potencial máximo da faixa 4, que agora abrange famílias com renda de R$ 8.000 a R$ 12.000. Ele explicou que, na cidade, os empreendimentos do segmento de Habitação de Interesse Social (HIS) possuem exigências específicas, com faixas de renda inferiores.

Atualmente, a faixa 1 do HIM tem um teto de R$ 4.554, enquanto a faixa 2 alcança até R$ 9.108. Essa desconexão entre as faixas de renda pode ficar ainda mais evidente, caso haja uma revisão do teto do MCMV. “Um novo teto com certeza ajudaria, mas a limitação ainda restringe o impacto em São Paulo”, afirmou.

Em contraste, no Rio de Janeiro, essas restrições são menos severas, permitindo um efeito positivo mais imediato, segundo Mickelberg.

Desempenho nas Vendas

Com a marca Vivaz, que representa o segmento econômico, a Cyrela registrou 34% das suas vendas no segundo trimestre. A linha Living, que atende à média renda, contribuiu com 24%, enquanto o segmento de alto padrão respondeu por 42%. Essa estrutura de vendas demonstra a diversidade no portfólio da empresa.

Por que Desacelerar Lançamentos?

No segundo trimestre, a Cyrela ficou aquém de um ritmo recorde de lançamentos, que quase triplicou em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 2,9 bilhões. No acumulado do ano, a empresa já lançou R$ 6,25 bilhões, representando 65% do total de 2024. Se mantivesse esse ritmo, poderia aumentar os lançamentos em 25% ao longo do ano.

No entanto, segundo Mickelberg, haverá uma diminuição nas lançamentos no segundo semestre. “Não vamos lançar tudo isso. Haverá um crescimento em 2025 em comparação a 2024, mas a quantidade de lançamentos no segundo semestre será menor”, explicou o CFO. Essa decisão faz parte da estratégia da companhia, que visa evitar a concentração de lançamentos no fim do ano, como ocorreu em 2024 devido a mudanças nos planos diretores municipais.

Resultados Financeiros

O lucro líquido da Cyrela no segundo trimestre foi de R$ 388 milhões, abaixo das expectativas de R$ 425 milhões. Esse resultado representa uma queda de 6% em um ano. A diminuição foi influenciada pela comparação com o ano passado, quando a empresa obteve um ganho de R$ 60 milhões com a venda de ações da Cury, uma incorporadora em que a Cyrela investe.

Apesar do lucro abaixo do esperado, Mickelberg ressaltou que o desempenho está alinhado com as projeções da empresa e destacou a resiliência dos números em um cenário econômico desafiador, marcado pela taxa Selic em 15% ao ano. Segundo ele, a empresa não observa impactos significativos do ambiente macroeconômico nas operações.

O CFO também mencionou que as vendas estão mantendo um ritmo de 52,3% ao longo dos últimos 12 meses, mesmo diante de distratos controlados. Contudo, a velocidade de vendas das unidades mais recentes está levemente abaixo do que era inicialmente previsto. Assim, a empresa experimentou um aumento de 57% nas unidades prontas em valor geral de venda (VGV), que agora atinge R$ 1,7 bilhão.

Essa desaceleração nas vendas pode ser atribuída a altas taxas de juros e dificuldades de financiamento imobiliário, impactando principalmente aqueles que adquiriram imóveis já finalizados e que dependem do crédito bancário.

Outras Notícias do Setor

Outras movimentações do setor habitacional também têm chamado a atenção. O Grupo de Goiás, por exemplo, planeja liderar o mercado de multipropriedade no Brasil, prevendo lançamentos de R$ 1 bilhão em VGV anualmente.

O cenário atual para o setor imobiliário, considerando as mudanças nas políticas habitacionais e os resultados financeiros das principais incorporadoras, estará em constante transformação, refletindo as necessidades e expectativas das famílias brasileiras.

Leia a matéria na integra em: www.bloomberglinea.com.br


Acesse nossa Loja de Imóveis e fale conosco sobre a compra ou venda da sua propriedade.« Guleal.com »


Obs: Artigos de clipping adaptados e gerados automaticamente por consulta na web com menção da fonte original. Se for algum motivo você acredita que esse artigo está em desacordo. Solicite ajustes ou remoções pelo email: remova@blog.guleal.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *