Casarão Histórico em Desabrigo: Telhado Desaba e Revela Irregularidades no Centro do Rio
Na tarde de sexta-feira, 31 de janeiro, um casarão histórico situado na Rua Visconde do Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, teve seu telhado parcialmente desabado. O imóvel, que estava em uso comercial na altura do número 14, felizmente não resultou em feridos. Após o incidente, a Defesa Civil interditou o local e acionou a Subprefeitura para uma vistoria.
Durante a análise da Defesa Civil, foram descobertas diversas irregularidades no espaço. Agentes identificaram um estacionamento irregular, uma sala de aula de música sem alvará e uma obra clandestina no terceiro andar do prédio. Além disso, constatou-se que ali funcionava uma fábrica de falsificações de camisetas.
As autoridades atribuem o colapso do telhado à construção irregular constatada no terceiro andar, indicando que as obras aconteciam durante a madrugada para evitar a fiscalização. O processo de demolição e a limpeza da estrutura já foram iniciados, embora o serviço não deva ser finalizado no mesmo dia.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), tomou parte na ação. O responsável pela fábrica clandestina foi detido e encaminhado à 5ª DP no Mem de Sá, onde foram apreendidos materiais falsificados relacionados a uma marca de camisetas. O proprietário da confecção não conseguiu apresentar contrato válido com a marca.
Um Problema Recorrente no Centro
O desabamento do casarão não é um evento isolado; a região do Centro do Rio enfrenta um histórico preocupante de desabamentos. Os casarões da área, que espelham a rica história do Rio de Janeiro, têm passado por um processo de abandono e deterioração. Além disso, nos últimos anos, muitos novos negócios têm sido abertos, mas os problemas de estrutura continuam, com edifícios abandonados se deteriorando gradualmente.
Recentemente, a Delegacia da Mulher, vizinha ao casarão que desabou, teve o segundo andar interditado em decorrência do incidente, e suas atividades foram transferidas para a 5ª DP.
Desabamentos Anteriores
Desabamentos na região, como o ocorrido no casarão de número 19 da Travessa do Comércio, geraram sérios danos a
prédios vizinhos e têm chamado atenção para a necessidade urgente de intervenções. Esses imóveis, que em muitos casos pertencem a empresas que não tomam providências, seguem sem a devida manutenção.
O "DIÁRIO DO RIO" já havia relatado casos como o do imóvel onde viveu a famosa cantora Carmem Miranda, que desabou no ano passado. O andar superior desabou, levando o prédio vizinho a ser parcialmente destruído.
Em todos essas situações, a situação de abandono e descaso dos responsáveis por essas propriedades é uma constante. Em vários momentos, a Prefeitura entrou em cena para tentar revitalizar a área, mas as ações parecem insuficientes para evitar o agravamento do problema.
O Futuro da Revitalização
Os desafios com os casarões históricos são grandes. Uma pesquisa feita pela Subprefeitura do Centro do Rio em 2024 identificou 158 imóveis abandonados na região. Muitos desses prédios possuem raízes na história da cidade e é imprescindível que se desenvolvam ações concretas para sua revitalização.
Em resposta a essa situação, a Prefeitura anunciou o "Programa Reviver Centro Cultural", que busca reformar casarões e imóveis abandonados, transformando-os em centros culturais. Algumas iniciativas, como o QueeRIOca e a Casa Tucum, já foram inauguradas, proporcionando oportunidades para a cultura e o empreendedorismo.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) enfatizou que a responsabilidade pela conservação desses bens tombados recai sobre os proprietários. No entanto, eles são regularmente notificados sobre a necessidade de preservação e manutenção.
Conclusão
O desabamento do casarão na Rua Visconde do Rio Branco foi um sintoma de um problema mais profundo que afeta o Centro do Rio. Os casos de desabamentos, a deterioração de importantes imóveis históricos e a falta de fiscalização e manutenção são questões que precisam ser tratadas com urgência. A revitalização cultural e histórica da região é um desafio, e o compromisso das autoridades, assim como a conscientização dos proprietários, será fundamental para garantir que a rica herança do Rio de Janeiro não se perca.
Leia a matéria na íntegra em: diariodorio.com
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