Demolição de Imóveis Irregulares Transformará Paisagem de Balneário Rincão

0

Demolições em Balneário Rincão: A Luta entre a Preservação Ambiental e os Moradores

Por Alexandra Cavaler

Balneário Rincão, localizado em Santa Catarina, foi palco de uma polêmica na última quinta-feira, quando a Administração Municipal decidiu derrubar sete imóveis edificados irregularmente em área de Preservação, no bairro Chico do Poço. A ação, resultado de uma fiscalização solicitada pela Polícia Militar, levantou questões sobre a legalidade das construções e o impacto na vida dos moradores locais.

Irregularidades e a Decisão da Prefeitura

Segundo Paulo Amboni, engenheiro ambiental da cidade, a demolição foi motivada pela falta de alvará de construção, a ausência de documentação que comprovasse a propriedade dos imóveis e a ocorrência de ligações clandestinas de água e energia. Além disso, a destinação das áreas em questão, que incluem dunas e terrenos nativos, exige uma atenção especial em função da sua sensibilidade ambiental.

Os moradores haviam sido previamente informados sobre a irregularidade das edificações, com orientações dadas ainda em meados do segundo semestre de 2024 para não realizarem novas obras. Evenquando a demolição ocorreu, Amboni assegurou que os cidadãos de baixa renda que habitavam a região por vários anos não seriam afetados. “Estivemos no local no fim do ano passado, orientando os moradores sobre a situação”, explicou.

Uso de Imóveis e Futuras Fiscalizações

Os imóveis demolidos eram, em sua maioria, utilizados para veraneio e se tratavam, segundo o engenheiro, de construções novas, refletindo um fenômeno que ocorre em várias partes do município. A intenção da prefeitura é intensificar fiscalizações em outras áreas, com a possibilidade de intervenções adicionais, caso sejam encontradas mais irregularidades.

A Voz da Moradora: Descontentamento e Desespero

Entretanto, nem todos os moradores concordam com a decisão. Gisele Pinto Araujo, que reside na região há três décadas, ficou devastada com a demolição de sua propriedade. Em um relato emocionante, ela compartilhou como a casa, que havia sido da mãe de um amigo, foi despojada “sem aviso prévio”, enquanto se encontrava fora de casa. A indignação de Gisele é palpável: “Eu tinha gasto um monte na casa, e até os móveis que tinha foram destruídos. Fiquei sem nada.”

A moradora criticou a falta de aviso sobre a ação, afirmando que a equipe de demolição estava acompanhada por muitos policiais, o que a deixou ainda mais angustiada. “Ninguém avisou nada, simplesmente vieram e derrubaram”, desabafou.

Defesa da Prefeitura: O Processo de Remoção

Em contraponto, Paulo Amboni ressaltou que a retirada de bens móveis era uma tarefa que coube a cada morador, e que houve oportunidades para que esses itens fossem preservados. “Todas as obras que foram demolidas, os que o proprietário não estava foram esvaziadas. Nas que o proprietário estava, nós oferecemos a possibilidade de remoção”, explicou.

Este episódio em Balneário Rincão não apenas levanta discussões sobre a regularização de construções em áreas ambientalmente sensíveis, mas também ressalta a necessidade de um diálogo mais eficaz entre a administração pública e a comunidade. Enquanto o município se preocupa com a preservação ambiental, é vital que as vozes dos cidadãos, suas histórias e suas lutas sejam igualmente ouvidas e respeitadas.

Leia a matéria na íntegra em: tnsul.com


Acesse nossa Loja de Imóveis e me chame para uma conversa. « Guleal.com »

Vamos te ajudar a encontrar um lugar para viver tudo que você merece nessa vida. Invista em você e tenha um patrimônio sólido a sua escolha nos 4 melhores lugares do estado do Rio de Janeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *