Decisão Judicial Ordena Remoção da Última Casa de Pedra da Lagoa: Impactos e Reações

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Decisão Judicial Ordena Remoção da Última Casa de Pedra da Lagoa: Impactos e Reações

A Manutenção da História em Risco: O Casarão da Lagoa Rodrigo de Freitas

Um dos últimos casarões de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas enfrenta seu destino incerto sob a pressão da especulação imobiliária. Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro revogou o tombamento municipal que protegia a propriedade histórica da Avenida Epitácio Pessoa, esquina com a Rua Joana Angélica, permitindo que o imóvel, datado do início do século XX, seja demolido. Essa decisão foi tomada pela 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital, em cumprimento a uma ordem do Supremo Tribunal Federal, encerrando um processo que se arrasta desde 2007.

A residência, pertencente à família Haddad, é uma das últimas representações do estilo arquitetônico da época, e está avaliada em aproximadamente R$ 130 milhões. O imóvel ocupa um terreno de mais de mil metros quadrados, atraindo propostas de construtoras interessadas na área privilegiada de Ipanema, que inclui a localização vizinha ao extinto restaurante Castelo da Lagoa. O diretor da Sérgio Castro Imóveis, Anderson Martins, destaca que a região é uma das mais valorizadas da Lagoa Rodrigo de Freitas.

No momento de seu tombamento definitivo, em 2002, o decreto enfatizava que a casa “representa um marco referencial na paisagem da cidade e possui um grande valor afetivo para o carioca”, além de destacar a necessidade de proteger a área ao seu redor. No entanto, a justiça, com base em um laudo do perito Carlos Fernando de Andrade, alegou que a propriedade sofreu tantas modificações que não poderia mais ser considerada um marco histórico.

O terreno tem mais de mil metros quadrados e está localizado em uma das áreas mais valiosas do bairro.

O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), responsável pela preservação do patrimônio municipal, informou que só tomou conhecimento do cancelamento do tombamento após consulta. O organismo ainda precisa oficializar a decisão, após análise pela procuradoria. Segundo dados do DataRio, o bairro conta com cerca de 40 imóveis tombados, dos quais muitos já foram demolidos ou estão sob risco, em decorrência do aumento da construção de estúdios e das novas legislações que elevam o gabarito das edificações, popularmente chamados de “puxadinhos”.

Em julho, os proprietários do casarão solicitaram a licença para a demolição. Em agosto, a Prefeitura exigiu que fossem apresentados ajustes e documentos necessários, incluindo parecer do IRPH, laudo técnico da SubVisa, ART/RRT do PREO, além de comprovantes de titularidade e situação fiscal. A autorização para demolição será concedida apenas após a apresentação de tudo que foi solicitado.

“Se nada for feito, a Lagoa em poucos anos terá o mesmo destino das orlas do Leblon e Copacabana, que não possuem mais casas. Lamentável esse tal de progresso arquitetônico,” lamenta o ativista pela preservação do patrimônio, Rafael Bokor.

Fontes do mercado indicam que uma construtora paulista está prestes a concretizar a negociação que selará o futuro da antiga casa de pedra da Lagoa. O diretor da Sérgio Castro ressalta que a estimativa para o valor do metro quadrado na região de um novo edifício pode exceder os 60 mil reais, impulsionada pela visão deslumbrante da Lagoa e pela proximidade da área mais valorizada de Ipanema.

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