Crescimento Econômico na França: Sinais de Recuperação, mas Desafios à Vista

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    <span class="published_at">18h15 ▪</span>
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    <span class="read_in_text">min de leitura ▪ por</span>
    <span class="obfuscated-link hover:text-primary-color wrote_by">Luc Jose A.</span>
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Após dois anos de estagnação, o mercado imobiliário francês começa a mostrar sinais de recuperação. Com a queda das taxas de juros e a estabilização dos preços, os dados da FNAIM e as observações da Laforêt indicam uma leve retomada no setor. Essa evolução, ainda que tímida, sugere um novo fôlego para um mercado que passou por um longo período de paralisação. Contudo, a incerteza econômica ainda paira sobre a continuidade dessa tendência.

Equilibrista carregando uma casa acima de um mercado imobiliário gráfico na França.

Em resumo

  • Após dois anos e meio de crise, o mercado imobiliário francês finalmente mostra sinais tangíveis de recuperação.
  • As vendas de imóveis antigos aumentaram 2,5% em um ano, com 892.000 atos notariais registrados até o final de abril de 2025.
  • A demanda cresceu fortemente (+15%), especialmente entre compradores secundários e os primeiros compradores.
  • Apesar dos sinais positivos, diversas incertezas permanecem, como o contexto geopolítico e as pressões sobre a oferta.

A confiança dos compradores retorna: as vendas voltam a crescer

O setor imobiliário na França está se reerguendo. “O mercado está recuperando suas cores”, comentou Loïc Cantin, presidente da Federação Nacional do Imobiliário (FNAIM), durante coletiva de imprensa no dia 18 de junho. Os dados recentes revelam um crescimento nas vendas de imóveis antigos, que avançaram 2,5% em um ano, totalizando 892.000 atos notariais. Embora ainda abaixo do pico de 1,2 milhão de vendas em 2021, a FNAIM projeta um aumento de 11% até o final deste ano, com 940.000 transações esperadas em dezembro.

A melhora nas condições de financiamento contribuiu significativamente para essa recuperação. A taxa média de um crédito imobiliário em abril de 2025 foi de 3,13%, uma redução de um ponto em um ano e meio.

Esses dados refletem uma recuperação na concessão de crédito imobiliário, evidenciada pelos seguintes números:

  • 12,6 bilhões de euros em créditos à habitação foram concedidos em abril de 2025, em comparação com apenas 7 bilhões em janeiro de 2024;
  • A confiança dos compradores voltou, resultando em um aumento na demanda;
  • As famílias estão recuperando capacidade de compra, permitindo a execução de projetos imobiliários que estavam suspensos.

Um mercado ainda frágil e segmentado

Apesar do aumento nas transações, os preços não estão subindo como antes. Segundo Loïc Cantin, “os ritmos de aumento dos preços imobiliários estão se igualando aos da inflação”. No último ano, os preços dos imóveis antigos caíram moderadamente 0,6%, uma melhora em relação à queda de 3,2% em 2024. Contudo, a situação varia entre regiões, com Nantes (-13%), Lyon (-12%) e Bordeaux (-8%) enfrentando quedas significativas nos últimos três anos.

No âmbito da demanda, os sinais são promissores, mas ainda assim, variados. O aumento de 15% é impulsionado principalmente por compradores secundários (50% das transações), seguidos por primeiros compradores (33%) e investidores (17%).

Os especialistas, no entanto, alertam para uma nova dinâmica: enquanto os compradores retornam, os vendedores estão se tornando mais exigentes. A proporção de imóveis vendidos após negociação diminuiu de 91% para 86% em um ano e pode chegar a 75% até o final do ano.

Outra tendência observada é a introdução discreta de criptomoedas, especialmente o bitcoin, nas transações imobiliárias. Embora ainda seja uma prática marginal na França, alguns investidores, principalmente internacionais, estão optando por adquirir imóveis utilizando esses ativos convertidos em euros.

Esse interesse é maior em regiões turísticas ou com vantagens fiscais, onde compradores que usam criptomoedas, geralmente mais jovens e dinâmicos, buscam diversificar seus portfólios. Para as agências imobiliárias inovadoras, isso representa uma nova possibilidade de atrair clientes.

Esses ajustes, embora benéficos, são sintoma de uma instabilidade latente, alimentada por incertezas. Entre os fatores que preocupam está a suspensão parcial do programa MaPrimeRénov’, que traz dúvidas sobre o futuro da renovação do mercado antigo, além de tensões geopolíticas que podem rapidamente limitar o impulso do setor. A trajetória atual poderá indicar um novo equilíbrio, mas é cedo para afirmar que a recuperação está totalmente consolidada.

Imagem: Autor desconhecido

Leia a matéria na integra em: www.cointribune.com
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