Crescimento Econômico: Como o Turismo e o Comércio de Inverno Estão Impulsionando Oportunidades

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Máquina transforma lixo fabril em produto reaproveitável
Máquina transforma lixo fabril em produto reaproveitável – Divulgação

Máquina transforma lixo fabril em produto reaproveitável – Divulgação

É inegável que, apesar da leve queda na temperatura, o Rio de Janeiro permanece distante do conceito clássico de inverno. Com raros dias com temperaturas um pouco abaixo da média, a grande intervenção humana na natureza se faz sentir por meio de queimadas, emissões de gases e desmatamento. Essa combinação resulta na ansiedade dos cariocas, que veem suas roupas de frio acumulando poeira nos armários. Quando o tempo fica nublado ou os termômetros marcam próximos aos 20 graus, muitos saem às ruas como se estivessem se preparando para um clima ártico.

Um Hábito Imperial

Historicamente, a Família Imperial brasileira costumava se refugiar em Petrópolis para escapar do calor do Rio. D. Pedro II, em especial, desenvolveu um carinho pela serra fluminense, o que propiciou um crescimento significativo na região. Isso deu origem ao costume de muitos cariocas subirem a serra em busca de um local mais ameno, seja em residências de veraneio, hotéis, ou até mesmo alugando imóveis por meio de aplicativos. O turismo “bate-e-volta” se destaca, com muitas pessoas retornando para casa no mesmo dia.
A diversidade de perfis que visitam a serra se ampliou. Há aqueles que vão exclusivamente para compras, sendo a Rua Teresa, em Petrópolis, e a Rua da Lingerie, em Nova Friburgo, os pontos mais procurados. O polo de Nova Friburgo, conhecido como a “Capital da Roupa Íntima”, alcançou a impressionante marca de 114 milhões de peças produzidas anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Isso gera uma significativa arrecadação para as prefeituras e distritos, mas a região também enfrenta desafios devido a eventos climáticos extremos, tornando urgente a ação do poder público na adoção de medidas mitigadoras.

A Sustentabilidade como Prioridade

A eficácia do turismo e do comércio de vestuário não deve ser apenas uma questão de lucro. A implementação de ações sustentáveis é imprescindível, pois, além dos danos materiais, a reputação do local pode demorar a se recuperar após uma catástrofe. Uma importante oportunidade para debater essas questões é a Fevest Experience 2025, a maior feira do setor na América Latina, que ocorrerá entre os dias 24 e 26 deste mês. Este evento oferece espaço para que empresários discutam a sustentabilidade em suas operações, e não apenas se foquem nas vendas.
Um dos destaques da feira será uma máquina inovadora que transforma retalhos de tecidos e aparas descartadas durante a produção em produtos reaproveitáveis, reduzindo assim o impacto ambiental. Desenvolvida com tecnologia local, essa máquina promete gerar novas oportunidades de negócios e promover a responsabilidade ambiental.

“Vamos mostrar ao setor que é possível aliar produtividade com responsabilidade ambiental. Transformar resíduos em oportunidades de negócios é uma das nossas missões.”, afirma Gustavo Moraes, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e idealizador da iniciativa.

O produto final, conhecido como estopa costurada, possui um mercado garantido em oficinas mecânicas, postos de gasolina e estaleiros, sendo muito utilizado para a limpeza de peças e ferramentas durante a produção ou manutenção.

Leia a matéria na integra em: odia.ig.com.br

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