Após o colapso de um esquema fraudulento, um corretor de imóveis se mudou para Itapema, Santa Catarina, onde passou a atuar sem o registro exigido no mercado imobiliário. A situação do profissional ganhou destaque após sua prisão, que ocorreu na última semana.
Corretor criava uma fachada de vida luxuosa
Corretor preso em SC não tinha registro para atuar em estado, segundo Creci-SC – Foto: Divulgação/PCRS/ND
O corretor, oriundo do Rio Grande do Sul, foi detido em Itapema por suspeita de fraudes que podem ter gerado prejuízos superiores a R$ 20 milhões. Antes de se mudar, ele vivia em uma residência luxuosa avaliada em aproximadamente R$ 12 milhões, também no Sul do país. Em sua nova localidade, ele ocupava um apartamento localizado a apenas uma quadra do mar, embora este fosse menos ostentoso.
Desprovido de registro no Creci-SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina), o homem de 39 anos atuava como corretor em duas imobiliárias. Ambas, segundo a polícia, desconheciam seu histórico profissional.
A identificação do corretor por parte de suas vítimas se deu por meio das redes sociais, onde ele fazia questão de exibir seu estilo de vida à beira-mar.
Fraude e engano: como o corretor agia?
De acordo com o delegado Fábio Idalgo Peres, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o corretor implementou um esquema que afetava diretamente os proprietários de imóveis que alugavam seus bens. Ao invés de repassar os valores dos aluguéis, ele desviava o dinheiro, causando prejuízos a, pelo menos, 119 vítimas, muitas delas idosos que dependiam daquela renda como complemento da aposentadoria.
O esquema incluía mais de 600 contratos de locação, e o profissional também apropriava-se das taxas de caução, que normalmente equivalem a três meses de aluguel. Com isso, ele começou a reter os pagamentos mensais dos proprietários, intensificando o problema financeiro.
Esquema de pirâmide financeira interna
O delegado esclareceu ainda que o corretor manipulava recursos dentro da própria imobiliária, criando um esquema de pirâmide financeira interna. Ele retirava valores de um setor para cobrir os déficits de outro, até que o esquema se tornou insustentável e finalmente desmoronou.
Corretor preso em SC fazia esquema de pirâmide financeira interna – Foto: Divulgação/PCSC/ND
Casos específicos e prejuízos significativos
Um dos casos mais emblemáticos envolvidos no esquema foi a venda simulada de uma casa de alto padrão, cujo valor era de R$ 1,4 milhão. O corretor firmou um contrato de compra e venda do imóvel mesmo sabendo que ele possuía uma alienação fiduciária, situação em que o devedor transfere a propriedade ao credor como garantia de pagamento de uma dívida.
A nova tentativa no Litoral catarinense
Com o desmoronamento do seu esquema no Rio Grande do Sul, o corretor fechou sua imobiliária e se transferiu para Itapema, onde buscou se reintegrar ao mercado. Ele tentava ainda transferir seu registro no Creci para Santa Catarina, embora não tenha finalizado o processo.
Corretor preso em SC teria fechado imobiliária no RS após esquema desmoronar – Foto: Divulgação/PCRS/ND
Defesa do corretor e contestação das acusiações
O advogado do corretor, Vinícios de Figueiredo, declarou que o montante supostamente desviado não passaria de R$ 2 milhões, destacando a possibilidade de resolução do caso da casa de R$ 1,4 milhão até dezembro deste ano. A defesa argumenta que, sem essa situação, o total das alegações giraria em torno de R$ 700 mil.
Além disso, o advogado afirma que a imobiliária oferecia garantias de pagamento aos proprietários durante a vigência dos contratos, mesmo que o inadimplemento superasse o valor da caução. Entretanto, as dificuldades teriam começado com a compra da casa mencionada.
Sobre a prisão do corretor, a defesa informou que um habeas corpus já havia sido solicitado, mas este fora negado. O advogado também ressaltou que o corretor colaborou plenamente com as investigações. A defesa refuta as alegações de uso de documentos falsos para atuar, afirmando que o corretor havia solicitado sua inscrição suplementar e, assim, estava habilitado a trabalhar na área. Contudo, o Creci-SC nega a existência de registro do profissional.
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