Construtoras Aceleram Lançamentos e Vendas de Imóveis com a Nova Faixa do Programa Habitacional

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Aumento nos Lançamentos e Vendas de Imóveis até R$ 500 mil

No segundo trimestre de 2025, as construtoras que atuam no mercado de imóveis com valor de até R$ 500 mil registraram um aumento significativo nos lançamentos e nas vendas. Os balanços operacionais recentes revelam que o setor, que já vinha em ascensão, encontrou novo impulso com a introdução da faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), cuja implementação ocorreu em maio. Esta nova faixa visa atender uma parcela de empreendimentos que enfrentavam dificuldades de liquidez.

As principais empresas do setor listadas na Bolsa, como Cury, Direcional, MRV, Plano & Plano e Tenda, lançaram empreendimentos avaliados em R$ 9 bilhões no segundo trimestre de 2025. Isso representa uma expansão de 28,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas, por sua vez, totalizaram R$ 8,2 bilhões, com um crescimento de 12,3%.

Faixa 4 e o Alívio para a Classe Média-Alta

A nova faixa do MCMV foi uma promessa de campanha do governo Lula, que visa beneficiar consumidores da classe média-alta, com rendas mensais entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Esse segmento vinha enfrentando dificuldades devido à elevação das taxas de juros nos financiamentos, que haviam chegado a 12% a 13% ao ano. A faixa 4, por outro lado, oferece crédito subsidiado com taxas em torno de 10,5% ao ano, um nível mais acessível em comparação aos valores praticados fora do programa. Para viabilizar essa iniciativa, o governo utilizou recursos do fundo de exploração do pré-sal.

“A venda está bastante forte no Minha Casa Minha Vida, com a demanda aquecida. Por isso, temos sido mais agressivos em lançamentos”, comentou Ricardo Paixão, diretor financeiro e de relações com investidores da MRV. Ele destacou que, com o aumento nas vendas, a expectativa é alcançar receitas maiores a cada trimestre.

MRV e a Resposta ao Novo Cenário

Paixão revelou que a faixa 4 já responde por cerca de 20% dos lançamentos da MRV. A empresa optou por ajustar projetos já existentes em vez de criar novos especificamente para essa faixa de preço. Com a redução das taxas de juros, a MRV observou uma melhora significativa no acesso das famílias à casa própria.

Além disso, a construtora tem flexibilizado o parcelamento do valor de entrada, conhecido como “pro soluto”, uma estratégia importante para atender clientes que enfrentam dificuldades de fechamento de negócios. Isso ocorre enquanto a empresa também busca acelerar as vendas ou aumentar os preços para melhorar suas margens de lucro. No último trimestre, o preço médio dos imóveis vendidos pela MRV foi de R$ 270 mil, refletindo um aumento de 7,6%.

Cury e o Sucesso no Mercado

A Cury também apresentou resultados positivos no último trimestre. De acordo com Ronaldo Cury, diretor de Relações Institucionais e com Investidores, “lançamentos, vendas e repasses estão muito saudáveis, com geração de caixa forte”. Para ele, o desempenho favorável se deve a uma série de fatores alinhados, em especial as mudanças no MCMV. Agora, 94% dos projetos da empresa se enquadram no programa, muito acima dos 70% registrados anteriormente.

“Antes, nossos imóveis eram frequentemente vendidos por valores acima de R$ 350 mil ou direcionados a clientes com renda superior a R$ 8,6 mil. Com a nova faixa, ampliamos nossa cobertura”, mencionou Cury. Ele ainda elogiou a destinação de recursos do pré-sal para o segmento, considerando-a uma grande conquista. O preço médio dos novos apartamentos da Cury atingiu R$ 337,8 mil no segundo trimestre, representando um aumento de 8,8% anual, impulsionado pela seleção de produtos de maior valor agregado e ajustes nos preços para melhorar a margem de lucro.

Expectativas da Direcional

O presidente da Direcional, Ricardo Gontijo, manifestou otimismo quanto às perspectivas para os negócios vinculados ao MCMV. Após as recentes mudanças, 90% dos empreendimentos da companhia já estão elegíveis para o programa. “A faixa 4 trouxe ao mercado um número significativo de famílias que antes não conseguiam comprar imóveis. Havia uma demanda reprimida, e agora essas famílias voltam a ter capacidade de compra”, afirmou Gontijo, prevendo um aumento nas vendas também para o segundo semestre.

Emccamp e os Planos Futuros

A Emccamp, com sede em Belo Horizonte e atuações em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, planeja dobrar o volume anual de lançamentos entre 2025 e 2027, com a meta de alcançar R$ 2 bilhões em negócios. André Avelar, diretor financeiro da empresa, declarou que a Emccamp está se beneficiando do MCMV. “As perspectivas seguem excelentes para nós e para o setor como um todo. Agora é o momento adequado para a habitação popular mostrar resultados positivos”, afirmou.

Com a introdução da faixa 4, todos os projetos da Emccamp agora são elegíveis ao programa, proporcionando um ganho significativo em liquidez. “Anteriormente, tínhamos apartamentos acima de R$ 350 mil que eram comercializados fora do programa, a juros mais altos. Agora, com a nova faixa, podemos incluir esses produtos no MCMV”, finalizou Avelar.

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Obs: Artigos de clipping adaptados e gerados automaticamente por consulta na web com menção da fonte original. Se for algum motivo você acredita que esse artigo está em desacordo. Solicite ajustes ou remoções pelo email: remova@blog.guleal.com.br


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