Conheça a trajetória de Beatriz Nascimento, intelectual homenageada na Flup 2024.

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A 14ª Festa Literária das Periferias (Flup) terá como grande homenageada a intelectual e ativista Beatriz Nascimento, um dos grandes nomes do movimento e do pensamento negro brasileiro. A abertura do evento acontece neste sábado (11), no Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova, com uma programação repleta de atividades gratuitas.

Um dos momentos mais aguardados da programação é a mesa intitulada “A Noite Não Dorme Nos Olhos das Mulheres — Para Beatriz Nascimento”, que contará com a participação da renomada escritora Conceição Evaristo e da escritora e doutora em filosofia Helena Theodoro, com mediação da também escritora Bianca Santana.

Beatriz Nascimento, reconhecida por sua importância no ativismo e na intelectualidade negra tanto no Brasil quanto no mundo, dedicou mais de vinte anos de sua vida à pesquisa dos quilombos, estudando os territórios de resistência dos escravizados e seus descendentes. Ao lado da mineira Lélia Gonzalez, é considerada uma das fundadoras do movimento do feminismo negro.

Nascida em Aracaju, em 12 de julho de 1942, Maria Beatriz Nascimento era filha da dona de casa Rubina Pereira do Nascimento e do pedreiro Francisco Xavier do Nascimento, sendo a segunda mais nova de dez irmãos. A família se mudou para o Rio de Janeiro quando Beatriz tinha sete anos, instalando-se em Cordovil, na Zona Norte.

Formada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Nascimento também fez pós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF), dedicando-se à pesquisa dos territórios de resistência negros, dos quilombos às favelas. Além de historiadora, ela também era poeta e roteirista, tendo escrito e narrado o documentário “Ôrí” (1989), dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber.

A atuação de Beatriz foi fundamental para trazer as discussões raciais para o meio acadêmico, questionando a falta de informações sobre a história do negro no Brasil, que muitas vezes era retratado apenas como escravizado. Ela participou da fundação do Grupo de Trabalho André Rebouças, em 1974, na UFF, e do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN), em 1975.

Infelizmente, em 28 de janeiro de 1995, Beatriz foi assassinada com cinco tiros por Antônio Jorge Amorim Viana, conhecido como Danone. O crime chocou a comunidade e foi apontado por muitos como motivado por racismo, pois Danone não teria aceitado a interferência de uma mulher negra em seu relacionamento com Áurea Gurgel da Silveira. O julgamento resultou na condenação de Danone a 17 anos de prisão pela morte de Beatriz.

A Flup é uma oportunidade de relembrar e homenagear a trajetória de Beatriz Nascimento, uma figura fundamental para o ativismo negro no Brasil. A programação do evento inclui diversas atividades culturais e debates, em uma atmosfera de celebração e resistência.

Fonte: Veja Rio

**Imagem:** Beatriz Nascimento – Créditos: Veja Rio.

Leia a matéria na integra em: Veja Rio


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