Conflito Familiar e Invasão de Imóvel: A História de Laura Passarella Carajoinas
Nos últimos meses, uma série de eventos envolvendo a estudante Laura Passarella Carajoinas ganhou destaque na região do Grande ABC. Laura, que tem sido apontada como coordenadora de uma invasão a um prédio particular em São Caetano, também está no centro de um imbróglio familiar que envolve a cobrança de aluguel de um imóvel herdado em Mairiporã, na Grande São Paulo.
A casa em questão, localizada na Rua Dona Laura Barbosa Nascimento, já está locada para a Prefeitura de Mairiporã, que a transformou em uma unidade do Caps (Centro de Atenção Psicossocial). O imóvel pertence a um espólio familiar, herança deixada pelos avós de Laura, Maria Alice Travassos Carajoinas e Antônio Carlos Carajoinas, que deixaram vários bens para seus quatro filhos, incluindo Maurício Carajoinas, pai de Laura. Com a morte de Maurício em abril de 2021, Laura herdou os direitos sobre a propriedade.
Contudo, o que deveria ser apenas uma questão familiar de sucessão se complicou. Sem o consentimento dos demais herdeiros, sua tia, Elaine Carajoinas Moreno Bonilha, alugou o imóvel para a Prefeitura em dezembro de 2021 pelo valor de R$ 7.500 mensais. Atualmente, com as renovações contratuais, o aluguel subiu para R$ 8.065,58.
Laura e dois outros herdeiros decidiram então recorrer à Justiça. Em uma ação movida na 1ª Vara Cível de Mairiporã, eles exigiram sua parte dos rendimentos e, após tentativas de conciliação frustradas, a Justiça determinou que Elaine realizasse os repasses mensais a cada um dos herdeiros. No fim de 2024, o juiz Cristiano Cesar Ceolin ordenou que o aluguel fosse dividido em cotas, estabelecendo que Laura, que possui 12,5% do espólio, receberá mensalmente R$ 1.008,20, enquanto sua irmã, Beatriz Passarella Carajoinas, também é beneficiada em uma parte dos rendimentos.
Recentemente, a situação ganhou novos contornos. Fontes próximas ao caso relatam que o contrato de locação foi renovado, embora os novos valores não tenham sido divulgados. A Prefeitura de Mairiporã não se manifestou sobre o assunto.
Um familiar de Laura, que preferiu se manter anônimo, comentou a situação de maneira crítica, afirmando que ela está focada em pleitear seus direitos, mas ignora suas responsabilidades. Segundo essa fonte, Laura não ajudou com as despesas após as mortes de seu avô e de seu pai, nem mesmo com a exumação no cemitério particular. “Enquanto a família lidava com a questão da invasão em São Caetano, ela estava viajando para lugares como Florianópolis e até a Disney”, alegou a fonte.
Laura Passarella não se manifestou oficialmente quando procurada para oferecer sua versão sobre os acontecimentos. A estudante também possui uma atuação na política local, tendo financiado a campanha de um vereador da Unidade Popular (UP) em São Paulo, e atualmente reside em Santo André.
A situação se intensificou ainda mais quando, na última segunda-feira, Laura foi informada sobre a decisão do juiz José Francisco Matos, da 4ª Vara Cível de São Caetano, que ordena a desocupação do imóvel invadido na cidade. O prazo para a saída é até o dia 12 de novembro.
Essa história levanta questões sobre os desafios enfrentados pelas famílias em situações de herança e propriedade, as responsabilidades que vêm com a posse de bens, e como as divisões familiares podem se complicar em tempos de crise. À medida que este caso se desenrola, será interessante observar como Laura e sua família lidarão com o desdobramento destes conflitos e se haverá um desfecho pacífico para todos os envolvidos.
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