Comunidade se une para vigiar residências ameaçadas de deslizamento em Eldorado do Sul

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Desabamentos em Eldorado do Sul: Moradores Temem pelo Futuro de Seus Lares

Na manhã de terça-feira, 14 de janeiro, um drama ganha proporções alarmantes em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O jogador de futebol Marcus Leal Silveira, de 29 anos, e seu pai, o empresário Régis Silva dos Santos, de 54, se tornaram testemunhas de um verdadeiro alerta em suas vidas. Após um deslizamento de terra que levou parte de suas propriedades e até estruturas como piscinas, a preocupação de ambos se transformou em um incessante monitoramento das rachaduras no solo, enquanto torcem para que suas casas não sejam permanentemente engolidas pelo Rio Jacuí.

Desde que porções de seus terrenos desmoronaram, Silveira e Santos se abrigaram temporariamente na casa de familiares. Porém, a vigilância no antigo lar continua, na esperança de salvar o que resta. Os moradores da região aguardam ansiosamente os laudos técnicos que a prefeitura irá realizar, com a expectativa de que seja possível recompor o terreno e implementar soluções de segurança.

“Estamos esperando a visita dos engenheiros da prefeitura para saber como proceder. Se nossas casas estão condenadas ou se há alguma forma de salvá-las”, declarou Santos. Ele mencionou a possibilidade de executar um estaqueamento para consolidar o solo.

A situação de Silveira é ainda mais preocupante. Ele relatou que sua residência, antes sólida, agora está deslocada um palmo na direção do rio, com mais de cinco metros de terreno desmoronados sob a estrutura. "Parte da nossa casa está suspensa. Um muro de contenção que protegia várias residências caiu", lamentou o jogador, que vive com a esposa e seus dois filhos, um deles de apenas quatro meses.

A prefeitura de Eldorado do Sul anunciou, na mesma terça-feira, a interdição de nove casas, com três delas já desabadas. Embora na quarta-feira não tenham ocorrido novos desmoronamentos, ao menos cinco imóveis apresentaram perda de terreno e grandes rachaduras. Em uma casa, até parte do telhado cedeu.

O comerciante Júlio Dadalt, de 53 anos, gerencia sua própria vigilância. Com a orientação de um engenheiro, ele fixou fitas adesivas nas rachaduras e marcou o horário de colocação, na expectativa de que a movimentação do solo se mantenha sob controle. "É angustiante. Estou com o coração na mão. Mas para onde eu iria deixar meus pertences?", desabafou Dadalt, que optou por ficar em sua casa por enquanto.

A origem do problema é alvo de discussões acaloradas entre os moradores. Muitos acreditam que um vazamento em um ramal da empresa Corsan Aegea pode ter contribuído para os deslizamentos. "Água vazava para o rio sob as casas", afirma Silveira. Contudo, o gestor de Relações Institucionais da Corsan, Luciano Vieira Brandão, afirma que o vazamento é pequeno e que o solo já estava comprometido desde uma enchente anterior. "A movimentação do solo pode ter causado o vazamento", conclui Brandão.

Ele ainda adianta que uma perícia será realizada a partir do dia seguinte para investigar a rede de abastecimento na área. Na quarta-feira, moradores ainda aguardavam os engenheiros da prefeitura, que haviam prometido inspecionar os locais afetados. Um mês antes, outra casa teve que ser reconstruída após deslizamento, e agora, a situação atual deixa os vizinhos apreensivos.

A prefeitura de Eldorado, em nota, afirmou que a Defesa Civil, em colaboração com outras secretarias, estava presente no local, monitorando e oferecendo suporte às famílias impactadas. O órgão confirmou a adoção de medidas de precaução e assegurou que laudos técnicos estão sendo elaborados para avaliar os danos.

“No momento, nosso foco é garantir a segurança da população e minimizar os impactos desses eventos”, diz o comunicado oficial.

Com a apreensão no ar e um futuro incerto à frente, os habitantes de Eldorado do Sul permanecem na expectativa de soluções que garantam a integridade de seus lares e, mais do que isso, a segurança das famílias que ali residem. A luta de cada morador ecoa não apenas como uma batalha pela casa, mas como uma busca desesperada por estabilidade em tempos de crise.

Leia a matéria na íntegra em: gauchazh.clicrbs.com.br


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