A China lançou uma nova rodada de medidas para restaurar a confiança na economia do país, com o objetivo de impulsionar o mercado imobiliário e controlar a desvalorização do yuan. As medidas, anunciadas pelo Banco do Povo da China (PBoC) e pela Administração Nacional de Regulamentação Financeira (NAFR), têm como foco principal a redução dos pagamentos iniciais mínimos para hipotecas em todo o país.
Essa decisão representa uma redução significativa nas entradas para compra de imóveis, com uma diminuição para 20% para compradores de primeira viagem e 30% para os demais. Além disso, as taxas de juros sobre novas hipotecas também serão reduzidas em cerca de 40 pontos percentuais, o que deve estimular o mercado imobiliário e impulsionar o consumo e o investimento.
Essas medidas foram bem recebidas pelo mercado, fazendo com que as ações asiáticas subissem de forma modesta. Grandes bancos comerciais, como ICBC, China Construction Bank e Banco Agrícola da China, reduziram suas taxas de depósito logo após o anúncio, preparando o terreno para a redução das taxas hipotecárias.
Essas ações devem impactar cerca de 40 milhões de compradores de casas e 25 trilhões de yuans em hipotecas, representando dois terços dos empréstimos habitacionais do país. Para especialistas, essa flexibilização da política é crucial para fortalecer a confiança dos compradores e estabilizar o mercado imobiliário.
Além disso, o governo chinês também visa controlar a desvalorização do yuan, reduzindo as reservas em moedas estrangeiras que os bancos devem manter. Essa medida simbólica demonstra a determinação das autoridades em conter a fraqueza da moeda e estabilizar a economia.
Para impulsionar o consumo das famílias, o governo anunciou incentivos fiscais dobrados para custos de cuidados infantis, educação e cuidados de idosos. Essas medidas visam aumentar o consumo, que representa uma parcela significativa do PIB chinês, e estimular a atividade econômica.
Os dados recentes mostram sinais de melhora na economia chinesa, com o Índice de Gerentes de Compras do setor industrial voltando à expansão em agosto. Apesar dos desafios, os analistas acreditam que as medidas de estímulo estão ganhando impulso e podem ser suficientes para evitar uma crise econômica.
Em suma, as medidas adotadas pela China visam fortalecer a confiança dos investidores, impulsionar o mercado imobiliário e controlar a desvalorização do yuan. A estabilização da economia chinesa ainda requer ação decisiva por parte das autoridades, mas as recentes políticas podem ser um passo importante nesse sentido.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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