Qatar Anuncia Pavilhão Nacional Permanente na Bienal de Veneza
Pela primeira vez, o Catar fará sua estreia em um pavilhão nacional permanente nos Giardini della Biennale, um dos locais mais emblemáticos da histórica Bienal de Arte e Arquitetura de Veneza. Este marco acontece após a assinatura de um Protocolo de Cooperação entre os Museus do Catar e a Prefeitura de Veneza no ano passado. O pavilhão será inaugurado na 19ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal, que ocorrerá de 10 de maio a 23 de novembro de 2025, com uma exposição em duas partes intitulada “Beyti Beytak. Minha casa é sua casa. La mia casa è la tua casa.”
A exposição destacará as diversas expressões arquitetônicas contemporâneas de hospitalidade e intercâmbio cultural nas regiões do Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia (região MENASA). O evento celebrará o legado arquitetônico regional, contando com a participação especial da arquiteta paquistanesa Yasmeen Lari, que trará sua instalação “Community Centre”, anteriormente apresentada na exposição “Manzar” em Doha, para os jardins de Veneza. Ao mesmo tempo, uma exposição no ACP-Palazzo Franchetti apresentará obras de mais de 20 arquitetos modernos e contemporâneos da região.
A Excelência Sheikha Al Mayassa bint Hamad bin Khalifa Al Thani, Presidente dos Museus do Catar e comissária do Pavilhão do Catar, enfatizou a importância do pavilhão na diplomacia cultural: “A Bienal de Veneza é o principal encontro mundial em arte e arquitetura, e os Giardini são o cenário histórico onde pavilhões extraordinários se erguem como embaixadores de suas nações. O Catar se orgulha de ocupar seu lugar neste conjunto internacional, avançando nosso papel como líder global em diplomacia cultural e proporcionando uma plataforma inigualável para dar voz ao talento criativo de nossa nação e da região MENASA.”
A Exposição Explora a Hospitalidade Cultural da Região MENASA
O novo Pavilhão do Catar será situado próximo ao histórico Pavilhão do Livro, em um local central dentro dos Giardini. A exposição inaugural será organizada pelo futuro Museu Art Mill de Doha e contará com a curadoria de Aurélien Lemonier (Museu Art Mill) e Sean Anderson (Universidade de Cornell), além da colaboração de Virgile Alexandre, que ajudará a conectar narrativas arquitetônicas históricas e contemporâneas da região MENASA.
O conceito intitulado “Beyti Beytak. Minha casa é sua casa. La mia casa è la tua casa.” — uma frase que expressa hospitalidade cultural em três idiomas — reforça o tema da 19ª Exposição Internacional de Arquitetura: “Intelligens. Natural. Artificial. Coletivo”, proposto pelo curador da Bienal, Carlo Ratti.
Entre os arquétipos representados estão figuras modernistas como Raj Rewal (Índia), Nayyar Ali Dada (Paquistão), Abdel Wahed el Wakil (Egito) e Minnette de Silva (Sri Lanka), além de contemporâneos como Marina Tabassum (Bangladesh), Sameep Padora (Índia), Abeer Seikaly (Jordânia) e Sumaya Dabbagh (Emirados Árabes Unidos).
Legados Arquitetônicos Regionais na Bienal de Arquitetura de Veneza
A criação do pavilhão na Bienal segue um Protocolo de Cooperação assinado entre os Museus do Catar e a Prefeitura de Veneza em junho de 2024, fortalecendo a colaboração cultural e socioeconômica entre o Catar e a Itália. Com isso, o Catar se torna apenas a terceira nação nos últimos 50 anos a assegurar uma presença permanente no evento, juntando-se à Austrália e à República da Coreia.
Pietrangelo Buttafuoco, Presidente da Bienal de Veneza, acolheu com entusiasmo a participação do Catar: “Veneza é a única cidade europeia que, desde o ano 1000 d.C., possui um nome em árabe, Bunduqiyyah, fato que testemunha a rica mistura de idiomas e etnias que aqui coexistiram por tanto tempo. Na tradição de curiosidade, exploração e troca humana sincera que caracteriza Veneza e sua Bienal, recebo o Catar nos Giardini como uma poderosa fonte global de criatividade e entendimento interacional.”
A implementação do Pavilhão do Catar na Bienal de Veneza não apenas reforça a presença cultural do país em uma das plataformas mais prestigiadas do mundo, mas também abre caminhos para um diálogo global fundamentado na diversidade e na troca de experiências arquitônicas.
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