A Emoção de Azira’i: Uma Viagem Teatral pela Memória Indígena
O espetáculo concebido por Duda Rios e Zahy Tentehar, batizado de “Azira’i”, está longe de ser apenas um monólogo autobiográfico. É, na verdade, uma experiência profunda e emocionante que ressoa na alma dos espectadores. Zahy Tentehar, em sua atuação, nos oferece um impacto inicial que é ao mesmo tempo gratificante e tocante. Ao revisitar sua vivência com sua mãe, Azira’i, primeira mulher pajé da reserva indígena de Cana Brava, no Maranhão, Zahy mescla habilmente diversas linguagens artísticas — canta, dança e fala com uma versatilidade cativante.
(Daniel Barboza/Divulgação)
O texto que Zahy e Duda Rios assinam, com a colaboração da diretora Denise Stutz, adota uma estrutura que lembra o roteiro audiovisual, permitindo que a "câmera" teatral capte diferentes perspectivas. A narração, entremeada com a presença marcante de Azira’i — que se manifesta nas tradições e lutas que trilhavam juntas — cria um diálogo íntimo que brilha nas entrelinhas.
A produção primorosa, liderada por Andrea Alves, da Sarau, destaca-se pela atenção aos detalhes que celebram a brasilidade em sua essência. A sonoridade dos pássaros se une à trilha musical de Elísio Freitas, enquanto figurinos de Carol Lobato e a iluminação de Ana Luzia de Simoni complementam a atmosfera envolvente do espetáculo. Um dos grandes encantos da peça são as projeções visuais do multiartista Batman Zavareze, que adiciona uma camada de deslumbramento ao palco.
(Daniel Barboza/Divulgação)
A narrativa não se limita a abordar temas como a exclusão; ela transcende fronteiras emocionais. Através da arte, Zahy e Duda, junto a Denise, abrem espaço para reflexões sobre a força de ser mulher, mãe e indígena. O sentimento de afeto, tristeza e resiliência convergem em um único fio condutor que liga as experiências de vida à luta pela identidade cultural.
“Azira’i” é mais do que uma performance teatral: é um convite para que o público se una a um "bonde" de emoções, uma jornada que busca significado e a celebração da vida através das lentes da experiência indígena.
SERVIÇO:
Teatro Firjan Sesi Centro
Até 9 de Fevereiro,
- Quintas e sextas: 19h
- Sábados e domingos: 18h
Ingressos disponíveis na Sympla
(Arquivo/Arquivo pessoal)
Este espetáculo é uma ode à resistência e à memória, preenchendo o palco com a profundidade das experiências vividas e a riqueza da cultura indígena. Assim, “Azira’i” não é apenas uma apresentação; é um ato de amor, uma estrutura emocional que se propõe a tocar o coração e a mente do espectador, convidando-o a refletir sobre as histórias que compõem nossa identidade coletiva.
Leia a matéria na íntegra em: Veja Rio
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