Panorama do Mercado Imobiliário em Luxemburgo e Seus Vizinhos
O mercado imobiliário luxemburguês se destaca em relação àqueles de seus três vizinhos: Bélgica, França e Alemanha. Para entender essa dinâmica, o Grupo AVIV elaborou um estudo intitulado “AVIV Housing Market Report”, que traz uma análise dos preços médios dos imóveis não só na Grande Região, mas também em Portugal, Espanha e Itália.
O relatório apresenta informações detalhadas sobre o valor médio de uma casa em cada um desses países, além da evolução dos preços nos últimos trimestres. A questão que surge é: onde os preços estão subindo e onde estão caindo?
Tendências na Grande Região
Com dados coletados de plataformas imobiliárias como Immoweb (Bélgica), Immotop (Luxemburgo), Immotop (Alemanha) e Meilleurs Agents (França), o levantamento revela que Luxemburgo é, de longe, o país mais caro da Grande Região. No Grão-Ducado, o preço médio de uma casa gira em torno de 8.179 euros por metro quadrado.
Esse valor é superior em mais de 5.000 euros aos preços registrados na Alemanha, que estão em média 3.043 euros por metro quadrado, e na França, onde o custo é de 3.020 euros por metro quadrado. A Bélgica aparece com os preços mais baixos, estimados em 2.332 euros por metro quadrado.
Apesar de Luxemburgo continuar liderando como o mais caro, uma leve diminuição na diferença de preços foi observada. Os dados mais recentes mostram uma tendência de alta: +0,9% na Bélgica, +1,2% na Alemanha e +0,3% na França. Por outro lado, Luxemburgo registrou uma queda de 1,1%.
Contudo, é importante contextualizar essa informação. Desde 2022, os preços médios em Luxemburgo têm apresentado uma trajetória de queda. Entretanto, uma possível recuperação pode ser vista entre os últimos trimestres de 2023 e 2024. Os indicadores do primeiro trimestre de 2025, coletados pela Immotop, sinalizam uma estagnação nos preços, ou até mesmo um leve aumento, que poderia indicar o fim da tendência de queda observada nos anos anteriores.
Expectativas para a Primavera de 2025
O estudo do Grupo AVIV também aponta uma perspectiva otimista para o segundo trimestre de 2025. Segundo os dados, “pré-sentimentos de uma primavera dinâmica” para França e Bélgica se contrastam com a situação de incerteza em Luxemburgo e Alemanha.
Dentre as expectativas, destaca-se que “Bélgica, França e Itália deverão desfrutar de uma primavera particularmente vibrante”. A pesquisa sugere que a demanda nesses países deverá superar os níveis do ano anterior, impulsionada por uma maior acessibilidade e condições de crédito mais favoráveis.
Além disso, apesar das pressões econômicas globais, as taxas de juros não devem deteriorar-se significativamente em curto prazo, o que pode prolongar essa dinâmica positiva antes que as taxas de juros comecem a cair substancialmente.
No entanto, a Alemanha está enfrentando novos desafios. Com as taxas de empréstimos para habitação se aproximando dos 4% nas últimas semanas, a acessibilidade está sendo comprometida. Caso as taxas não diminuam, isso pode impactar severamente a demanda no país.
Embora o estudo não traga previsões específicas para Luxemburgo, muitos agentes do setor imobiliário mencionaram ao Virgule que é difícil fazer previsões precisas devido à previsão do término dos incentivos fiscais à habitação, que está programado para 30 de junho.
Os incentivos em questão incluem o Bëllegen Akt — um crédito fiscal de 40.000 euros —, além de um crédito de 20.000 euros para investimentos em arrendamento e uma taxa de amortização acelerada de 6% para contratos de venda na planta (VEFA, na sigla em francês).
*Artigo adaptado para o blog a partir de uma publicação original da Virgule por Paula Freitas Ferreira.
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