Durante um momento de reflexão sobre herança familiar e comportamentos aprendidos, o autor nos leva a uma viagem sentimental pelas lembranças de infância em sua casa de campo no norte de Ontário. O cenário é descrito com detalhes, incluindo os suportes de livros egípcios com destaque para o de Nefertiti, quebrado e marcado pelo tempo.
A narrativa se estende pela relação entre o autor e seu pai, este último descrito como um colecionador de objetos curiosos e possivelmente herdeiro desse hábito do avô. A reflexão sobre a origem desse comportamento nos leva a um paralelo com a família do renomado psicanalista Sigmund Freud, questionando se o pai do próprio Freud também era um colecionador e se essa característica pode ser aprendida.
O texto transita entre memórias pessoais e observações comparativas, culminando na revelação de que o autor também compartilha do hábito de colecionar objetos diversos em seu quarto em Nova York. A descrição minuciosa desse ambiente repleto de velas, livros, incensos e outros itens revela a importância do colecionismo para o autor, não apenas como uma forma de preservar memórias e sentimentos de nostalgia, mas também como uma expressão de seu estilo de vida e personalidade.
A referência à prática familiar “bergeriana” e a menção à decoração com orçamento limitado evidenciam a importância atribuída pelo autor ao ato de colecionar como uma maneira de promover seu bem-estar mental. A mistura de objetos pessoais, desenhos em guardanapos e recortes de revistas confere ao ambiente uma atmosfera única, repleta de significados e conexões emocionais.
Ao final, o autor deixa em aberto a reflexão sobre a influência familiar e a possibilidade de que certos comportamentos sejam transmitidos de geração em geração. A jornada introspectiva proposta ao leitor convida a uma reflexão sobre as origens de nossas próprias práticas e hábitos, revelando a complexidade das relações familiares e a importância do legado deixado por aqueles que nos precederam.
Leia a matéria na integra em: Casa Vogue
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